Recurso Terapêutico na Hospitalização para Adultos/Idosos

Vamos estabelecer a proposta de alguns recursos que podem ser desempenhados por adultos/idosos durante a hospistalização, amenizando os aspectos físicos e emocionais.

Um dos recursos escolhidos foi a confecção de um quebra cabeça, utilizando fotos que possuem significado na vida do paciente, o qual pode expressar por meio da confecção do quebra cabeça as emoções que estão ligadas ao seu cotidiano, como a sua identidade, suas características e a singularidade da sua experiência de vida.Assim como os impactos da hospitalização no mesmo. Outro recurso que pode ser utilizado em relação aos aspectos físicos é o uso da mudança de posionamento, previnindo zonas de pressao, alterações da força muscular, movimento e amplitudes articulares, facilitação da mobilidade do paciente no leito promovendo conforto.

Análise da Atividade:

1. Nome da atividade: Quebra-cabeça com palito

2. Sequência de desempenho e tarefas: O primeiro passo para confeccionar o quebra cabeça é a seleção das fotos. O Terapeuta Ocupacional pode utilizar um computador ou celular para seleção das fotos caso estejam publicadas em alguma rede social, ou anexadas no e-mail para que o cliente escolha. Pode ser solicitado para algum familiar que já leve as fotos ao hospital no horário de visita. O segundo é fazer uma montagem, espessura de um pequeno quadro, onde se encaixe todas as fotos. O terceiro passo é a revelação (pode ser realizado pela família ou pelo próprio terapeuta ocupacional). Após isso, o cliente vai colar no verso da foto vários palitos de picolé na vertical, até preencher o espaço total da foto. Depois de seco, realizará o corte dos palitos utilizando um estilete. Então o quebra cabeça estará pronto para ser montado. Com o acompanhante ou nos momentos de visita, o sujeito poderá montar com o seu familiar/amigo, presentar, guardar, etc

3. Tempo médio de duração: Aproximadamente 30 minutos

4. Materiais e equipamentos: Palitos de picolé, cola (bastão, branca ou de madeira), estilete, foto revelada, papelão (para o apoio)

5. Ambiente: No hospital, o paciente deve estar sentado, em uma posição confortável e que possibilite o uso seguro do estilete. O ambiente deve ser bem iluminado e arejado

6. Grupal ou Individual: Pode ocorrer em ambas as formas, dependendo da demanda do caso.

7. Aspectos afetivos ou psíquicos: Atitudes passivas (indiferença, apatia), reconhecimento do meio, equilíbrio emocional, estrutura psíquica, auto-estima, iniciativa, auto-controle, capacidade de suportar frustração, relação familiar e social.

8. Aspectos Motores: Coordenação visuomotora (acuidade visual, coordenação olhos-músculos, profundidade, distância), coordenação motora, equilíbrio dinâmico e estático, tônus adequado, postura (do corpo e dos membros), controle de tronco, lateralidade, ritmo, destreza, controle dos movimentos, preensão, amplitude de movimento, mobilidade, noção de esquema e consciência corporal

9. Aspectos cognitivos: Habilidade organizacional, raciocínio, estratégias para solucionar problemas, previsão de eventos, tentativa e erro ou acerto, atenção, concentração, seriação (ordenar, classificar), compreensão de ordens simples e complexas, criatividade, imaginação, capacidade para tomar decisões, capacidade para realizar escolhas

10. Aspectos sensório- perceptivo: Sensorial (visual, tátil, olfativa), acuidade (visual, tátil), percepção, diferenciação, associação, assimilação, simbolização, relação com o meio, esquema corporal

Referência:

LIMA, Elizabeth M. A análise de atividade e a construção do olhar do terapeuta ocupacional. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v. 15, n. 2, p. 42-8, maio/ago., 2004

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